Comentários: Venho trazendo este artigo do
autor Alberto Silva, que traz um tema bem relevante para este período do ano, a
volta as aulas. O período de início as aulas é crucial para o sucesso de todos
na escola, principalmente para o aluno. É um momento em que o professor está
diante de uma tarefa importante, onde ele terá que lidar com alunos novos e
veteranos da escola, alunos que estão recebendo a primeiro momento, e ele como
educador tem o desafio através da afetividade, criar mecanismos de socialização
entre ele e os alunos e também aluno-aluno, o êxito do ensino-aprendizagem
depende disto. O Artigo de Alberto trazendo sua contribuição para nós. (clique aqui)
Observando as
relações entre professor e aluno na escola hoje, percebe-se a distância criada
por fatores vários, que vão do modismo às deficiências relacionadas com
desestruturação familiar e tudo que é estranho à sala de aula vêm afetar essa
relação tão necessária a construção do conhecimento. A necessidade da
afetividade e da socialização do individuo é sine qua non na formação
fundamental do conhecimento no ser. A pouca importância dada a educação
doméstica e divulgação dos direitos da criança sem que fique claro que criança
também tem deveres tem explodido verdadeiras bombas humanas sem
regras à suas emoções. Toda lei tem um ponto de apoio, uma base teórica, um
retorno social imediato. São vários os canais demolição da sociedade
e o alvo é o professor, que é cobrado pela falta de politicas pública na
educação, as criticas quanto a má formação, e as são somadas as transferências
de responsabilidades, os catadores de bolsas caridade do governo, querem que o
professor eduque seus filhos, já que têm que trabalhar e o professor é pago
para educar. Não podemos deixar de fora desta observação a influência malévola
da mídia televisiva de proveito pouco construtivo deixado a solta
para o controle de pais ausente como são ausentes as autoridades de proteção às
crianças e aos adolescentes. A promoção dos direitos sem a devida proporção dos
deveres fomentando as irresponsabilidades como natural. Os fatores externos são
os maiores gargalos da educação e da inter relação na sala de aula, aliados ao
modismo e as apologias das mídia à violência e ao uso indevido da
liberdade asseguradas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente.
A afetividade é
a base da interação e da socialização do conhecimento:
O amor pelo saber passa antes pelo amor ao ente que se prepara para
recebê-lo antes de percebê-lo. Esse comprometimento de via dupla que é o
aprender a ensinar a aprender é um envolvimento entre quem ensina e quem se
dispõe a aprender. Esse compromisso que deve ser despertado em cada ser está
evidente em Platão vide o que diz no mito da caverna:
[...] Se fosse
obrigado a olhar exatamente para a luz, não haveria de sentir os olhos
doloridos e não tentaria desviá-los e dirigi-los para o que pode ver? [...]
Primeiramente haveria de ver com maior facilidade as sombras, depois as figuras
humanas e todas as outras refletidas na água e, por ultimo, poderia vê-las como
são na realidade.(PLATÃO Sec. V a.C).
Desde cedo o
aluno deve ser ensinado do valor desta relação de mutuo respeito entre os
pares, que desenvolve -se lentamente pela vida cada uma nas suas limitações,
cada um nos seus conflitos e no seu tempo com suas percepções. É disso que
Platão falava, dessa condução do aluno das trevas da ignorância para chegar
lentamente ao esplendor do saber. Como fazê-lo em tempos onde a autoridade do
professor é desrespeitada? Onde os valores estão reduzidos a modismos? Onde o
que deveria ser direito da criança, transformou-se em autoridade da criança,
que não recebe a valoração do dever?
Do desrespeito
a autoridade do professor, e da desvalorização do ser humano como um todo numa
sociedade violenta fruto da ignorância e da mal versação da informação por
inescrupulosos, que pelo poder politizam e corrompem as crianças com bombardeio
impiedoso de propagandas que em nada contribuem para boa formação do cidadão do
amanhã e só têm como objetivo lucro de uma minoria fortemente poderosa. Isso
nos remete ao pensamento de Erásmo que lá no início distante século XVI dizia:
[...] O
Educador não discrimina o rico do pobre.[...] Ele soube conciliar o máximo de
elegância em bons costumes de primorosa qualidade com a autoridade
sobre o discípulo, sem o recurso do medo...[...] verdade quem nem todos sobem
tão alto, mas todos devem ser educados para tanto.(ROTERDAM, 2007 p.102/103).
Socializar
conhecimento inteirar afetividade que resultem em produção de
conhecimento vai além da mágica sacerdotal que muitos querem dar ao
exercício do magistério. O professor(a) tem problemas como qualquer pessoa,
dizer que não afeta a sala de aula é brincar com a inteligência do todo. E os
problemas da educação brasileira é a somatória desta várias influências e de
uma legislação que caminha além da realidade. A necessidade de se ter no âmbito
da escola as multidisciplinaridades é sem dúvida a chave para essa resolução. O
acompanhamento psicológico do professor e do aluno deveria ser uma constante e
preventivamente. O mesmo deveria ser feito com o aluno. A existência do aluno
problema passa pela pouca importância dada ao tratamento preventivo na educação
que como a saúde e a segurança trabalham no pós trauma, quando custa mais caro
tratar toda e qualquer patologia social. Ainda há muito pseudo-educador diga
que não é trabalho da escola da educação familiar no que concordo é dever do
educador chamar o pai e dizer a ele que ele está se negando a educar seu filho;
e depois comunicar ao conselho tutelar que deveria fazer a sua parte. A
impunidade do aluno faz com que ele vá para a vida sem o compromisso de
respeitar o direito dos outros sem violar os seus próprios direitos. O
esquecimento relevante de que criança não deixa de ser criança por ter chegado
ao ensino fundamental é tão prejudicial, que criam barreiras psicológicas que
dificultam a aprendizagem e com isso a produção de conhecimento nas crianças.
O brincar deve
ter uma direção uma rota definida para o tipo de cidadão se quer trabalhar e
que tipo de ser humano se está desenvolvendo. A falta de respeito entre o aluno
e o professor advém da educação familiar que está envolvida em
modismo produzido por pela mídia consumista pouco preocupada com a mensagem que
prolifera. Perde-se a influências positiva da mídia que deveria trabalhar a autoestima
construtiva nas crianças, mas a permissividade da legislação que pouco se
importa com a apologia ao consumo ao custo da marginalização infanto-juvenil.
Comenius lá no século XVI já dizia:
[...]
inflamar-se, de qualquer modo, nas crianças, o desejo ardente de saber e de
aprender. [...] acender-se e favorecer nas crianças, pelos pais, pelos
professores, pela escola, pelas próprias coisas, pelo método e pela autoridade
civil.(COMENIUS. 2001. p. 238/239).
Como trabalhar
esse brincar se o estado não cumpre sua parte no trato social, essa ruptura
deixa em desvantagem o ensinar e o aprender. E a consequência é o desrespeito a
cidadania e as desigualdades trabalhadas com jargões de politicamente correto.
O politicamente correto é discurso de falso compromisso que escondem
desocupados que se beneficiam da miséria que dizem combater. A pior miséria é a
mal qualidade de ensino instrumento utilizado pelo governo para manter
os desníveis sociais e a distância necessária para a falta de
oportunidade. Sem ensino infantil massificado não há ensino fundamental de
qualidade sem este o ensino médio está comprometido tornando péssimo o ensino
superior. O brincar no ensino infantil desenvolve os instrumentos
naturais necessários que permitem a criança desenvolver capacidades e
percepções para uma aprendizagem e produção de conhecimento partindo
de seu pensamento crítico.
A socialização
e a interação são os elos que permitem que o professor e o aluno se conectem
independente da didática e da metodologia ou da teoria utilizadas, sem a ação
recíproca que completa a ação de ensinar a aprender
é impossível criar conhecimento desenvolver saberes. A função dos
saberes é nos tornar melhores e pelas relações de afetividades nos distanciar
cada vez mais do irracional e das cavernas escuras que Platão no século V a.C.
Tanto desejou eliminar. Sem a interação, ponte sagrada entre o conhecimento e o
cotidiano é impossível criar saberes transformar
a sociedade;
assim, o professor(a) é o instrumento do estado que pode devidamente aparelhado
e estimulado transformar o mundo em que vive pela graça do conhecimento, que
liberta, se livre mente for passado, que escraviza, se for orientado para esse
fim. Observemos o que diz Pillete no chamamento à responsabilidade do
professor(a) [...] O controle democrático do qual participam alunos e
professores como membros do mesmo trabalho.(PILLETE 2007, p46).Não há como
ensinar sem aprender e a recíproca é verdadeira.
Há se percebido
que a fragilização das relações vem da falta de observação dos preceitos
teóricos e das regras fundamentais das relações humanas, a ausência do
compromisso dos pais em ensinar respeito aos filhos, bem como a divulgação
errada dos direitos da criança, que são apregoados sem que se esclareça os
deveres, coisa de político demagogo e irresponsável que não se importa com os
resultados de suas ações e negligências e ainda se dizem educadores. Prevista
na LDB que diz no art. 32:
[...] O
desenvolvimento da capacidade de aprender, [...] a compreensão do ambiente
natural e social... [...] O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
tendo em vista a aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de
atitudes e valores . [...] Fortalecimento dos vínculos de família,
dos laços de solidariedade humana e da tolerância reciproca em que se assenta a
vida social. (PCN 1997 p.15).
Existe uma
mídia sem responsabilidade socioeducativa, tendenciosa e consumista, isso
leva-se em consideração a tal liberdade de expressão que desrespeita a ética e
invade sem pedir licença a casa do cidadão com enxurrada de sugestões educativa
maléfica, vendo tudo de tudo, menos conhecimento e relação humana. A apologia
ao crime é gritante, fala-se em direito da criança mas não se esclarece os
deveres, a mídia não se preocupa com a porcaria jogada na tua sala alienando
teu filho e a mesma autoridade que diz que ele criança é incapaz o torna
incapaz protegendo interesses e coisas de sua particularidade quebrando elos
importante como respeito entre pais e filhos, professor e aluno e entre os
próprios pares, que hoje se dividem em tribos, gangues, galeras e toda o
proibido a que televisão faz apologia irresponsável.
A culpa recai
sobre os pais que na sociedade atual tem que trabalhar para manter o alto custo
de vida. O Estado cria politicas públicas que não saem do papel, mas que servem
como defesa para o os agentes responsáveis de fazerem funcionar as políticas
públicas. E todos jogam no colo do professor suas responsabilidades e o sistema
se apoia em leis elaboradas para educação pessoas alheia a educação e ou sem
compromisso com esta.
O reflexo de tudo
isso afeta a sala de aula de forma cruel. Alguns atribuem ao professor(a) é
responsável pelo desenvolvimento moral do aluno e onde ficam os pais nessa
relação. O dever de incutir preceitos morais é dos pais a escola tem
o dever de aperfeiçoar esse trabalho vindo de casa, pois o conhecimento per
si desenvolve conceitos e preceitos da moralidade social vivida pelos
alunos e absorvem as ações reações de seu ambiente.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Não há como
socializar e inteirar conhecimento sem a relação de afetividade do aluno com o
professor e do professor com o aluno. Essa atitude nasce no seio da família
onde o professor (a) deve ser visto como um colaborador e não como agente da
educação familiar. A moral a ser trabalhada na escola são valores de convivência
que devem estar embasado nos valores trazidos da família, ponto de partida para
a troca de ensinamentos. Como fazer essa aproximação se o
Estado desvaloriza o professor, a família por sua vez tem no
professor um inimigo se a punição ao desrespeito para com o professor
é inexistente. A mídia trabalha descaradamente a desvalorização do educador. A
lei que deveria prever o dever de educar-se ao jovem perde-se na proteção a
impunidade e ao desvirtuamento do carater pelo ato da ação e reação. O
professor (a) necessita de autoridade e o aluno precisa de limites.
Necessita-se urgentemente promover a afetividade entre aluno e professor a
permitir que a troca de conhecimento gere confiança e respeito mutuo
fortalecendo a socialização dos saberes para que possibilite a interação entre
os pares independente da metodologia aplicada na sala de aula, partindo-se do
princípio que todo aluno é um individuo que precisa ser trabalhado e orientado
a perceber o mundo partindo das base que traz na sua identidade enquanto
individuo.
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