Vivemos
uma época de amplas reflexões sobre o crescimento do ser humano em seu contexto
individual, social, espiritual, cognitivo e físico.
Iniciar
uma criança em seu processo educativo de ensino/aprendizagem, e possibilitar
que ela se desenvolva de modos a inserir dentro de seu viver, hábitos que lhe
possibilitem exercer continuamente a descoberta de saber, não é tarefa de um só
elemento ou de um só sistema, mas sim de todos que por ventura tenham a
possibilidade de conviver com ela nos anos em que se estabelecem as bases de sua
aquisição de conhecimento.
Os
sistemas que vão estruturar, delimitar e direcionar essas bases deve antes de
tudo, estar ligados em pressupostos, filosofias, objetivos e ações que
expressem os mesmos níveis de exigências.
Ora, a
família é indiscutivelmente o grupo idôneo para cuidar da intimidade de seus
membros, mas também deve proporcionar uma abertura tal do processo de
enriquecimento pessoal que cada um deles se sinta pertencente e parte desses
microgrupo, mas também se vincule de uma forma proativa ao macro grupo, à
comunidade a que está inserido, fazendo da escola, dos currículos culturais
pré-determinados, a fonte de seus conhecimentos, capacidades e habilidades.
Segundo
William Damon, um dos protetores da infância e da adolescência, a inter-relação
desenvolvida entre escolas e família é edificada na trilogia de que a educação
se processa sedimentada em seis mãos: da criança, dos pais e da escola. E que
só a uniformidade de conteúdos criará a unidade de ações que possibilitará o
desenvolvimento harmonioso e moralmente sadio do ser humano.
É
necessário, pois, a interação entre escola e família. Que pais e educadores
reúnam-se e esclareçam ideias, desvinculem temas e estabeleça uma linha de ação
conjunta, quais sejam:
*
Estabelecer elos de estruturação, consistência e vinculação no contexto de
informação, participação, colaboração e responsabilidades dos grupos sócias
(família e escola) no processo de ensino/ aprendizagem dos nossos educandos,
oportunizando o desenvolvimento de: profissionais competentes, cidadãos
responsáveis, Amigos leais, membros responsáveis de uma família e produtores de
valores.
*
Estabelecer relações de convivência entre a comunidade de pais e a escola;
*Delinear
uma unidade de pensamento a respeito dos níveis de exigência de conteúdos
atitudinais, procedimentais e cognitivos dos alunos;
*
Explorar zonas de responsabilidade e comprometimento em parceria do processo
educativo;
*
Desenvolver uma cultura de compreensão, entendimento e participação no processo
de atendimento corporativo (escola-família) das necessidades individuais e
coletivas durante os anos de escolaridade;
*
Possibilitar uma comunicação efetiva, estimulante e motivadora da escola como
prestadora de serviços e da comunidade de pais como clientela;
*
Fortalecer o diálogo com a comunidade de pais, não só com equipe pedagógica
como também entre professores e pais, em benefício dos educandos.
Gilda Lück: Mestra de Educação pelo Lesley College (EUA)
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