Ter as informações dos
estudantes bem organizadas é fundamental na hora de preparar a mudança para
outras escolas
A situação se repete durante o ano todo, mas no
final de ano é mais frequente: por causa de mudança de bairro ou até mesmo de
cidade, os pais requisitam o histórico escolar do filho para transferi-lo de
unidade. Quando faltam informações sobre o desempenho nos anos anteriores e
frequência, atender a um pedido como esse pode ser um processo complicado. Para
que isso não ocorra, é importante que você, diretor, oriente a equipe da
secretaria a manter os dados dos estudantes sempre organizados. Embora as
escolas deem certo prazo para os responsáveis entregarem o histórico para a
efetivação da matrícula, o ideal é demorar no máximo 30 dias para atender a
essa solicitação.
Além de ser um pré-requisito para a transferência, a
apresentação do histórico é indispensável para a continuidade dos estudos tanto
no Ensino Médio como no Ensino Superior. Ele contém os dados pessoais do
estudante, o nome das instituições que ele frequentou, o tempo permanecido em
cada uma delas e o detalhamento das notas obtidas em todas as disciplinas -
separadas por ano cursado. Se o aluno pulou de série por decisão da escola, se
afastou por motivos médicos por tempo suficiente para perder um ano letivo ou
se submeteu a um teste de nivelamento, por ter vindo de uma instituição que não
expediu histórico escolar, são observações relevantes, que devem ser registradas
e arquivadas numa pasta específica para o estudante.
Muitas Secretarias de Educação dispõem de um modelo
que é disponibilizado para as escolas e algumas têm unificados os dados de
todos os alunos da rede - o que facilita as transferências e o acesso às
informações. Mas a escola pode também buscar alternativas próprias. A EE
Atheneu Norte Rio Grandense, em Natal, se antecipou à informatização que está
implantada apenas em algumas unidades do estado. Para agilizar a expedição de
documentos, ela desenvolveu um programa próprio, em parceria com a Universidade
Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). "O histórico, que antes demorava
quase um mês para ficar pronto, hoje sai praticamente na hora", conta o
vice-diretor, Bartolomeu Silva Carneiro.
Geralmente, é o funcionário da secretaria da escola
que cuida dos documentos, sob a supervisão do diretor. Ele deve observar se há
cópias arquivadas de documentos importantes do aluno, que garantirão a precisão
dos dados no histórico, tais como:
- Certidão de nascimento ou carteira de
identidade;
- Ficha de acompanhamento do aluno; e
- Históricos escolares anteriores, quando
houver.
"Dessa forma, não há risco de o processo de
elaboração de uma segunda via atrasar a emissão do histórico", explica
Auxiliadora Albano, subcoordenadora de inspeção escolar da Secretaria de
Educação do Estado do Rio Grande do Norte.
Se ocorrer de faltar o histórico da última instituição
por onde o estudante passou, a família, a secretária da escola ou até mesmo o
diretor deve entrar em contato com a equipe daquela unidade para conseguir uma
via do documento. "Caso haja alguma dificuldade ou se a resposta não vier
dentro do prazo combinado, é preciso acionar a Secretaria de Educação para
fazer essa intermediação, principalmente se a escola pertencer a outra rede de
ensino", diz Márcio Rodrigues Bastos, coordenador pedagógico da Secretaria
de Educação de Alto Paraíso de Goiás, a 422 quilômetros de Goiânia.
Ao matricular um aluno, a equipe gestora pode aceitar
uma declaração provisória da escola anterior até que a o histórico escolar seja
entregue. No caso de Escolas de Jovens e Adultos (EJA), a apresentação desse
documento não é obrigatória, pois os conhecimentos adquiridos poderão ser
reconhecidos por meio de exames específicos.
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