Deixá-las simplesmente esperando ou apressar o restante da turma não é a solução. Conheça propostas inteligentes para entreter a garotada sem atrapalhar a rotina. (Clique aqui)
Autora: Amanda Polato
Não se trata de falta de planejamento. O ritmo com que
os pequenos realizam as propostas que você apresenta faz com que o dia não se
desenrole em um compasso perfeito, a ponto de todo mundo fazer a mesma coisa ao
mesmo tempo. É claro que organizar as atividades prevendo a duração de cada uma
delas é algo a que o educador tem de se dedicar. Porém tão importante quanto
isso é planejar sugestões para quem termina as tarefas primeiro com
intencionalidade. Isso quer dizer não eleger qualquer coisa somente para
distrair a turma, e sim pensar em trabalhos significativos e nas habilidades a
serem aprimoradas por meio deles.
Pedir que as crianças esperem os colegas terminar o que estão fazendo não é uma opção (embora muitas sejam submetidas a isso na Educação Infantil). "Se não têm o que fazer, elas ficam entediadas e atrapalham os demais. A situação foge do controle", explica Maria Carmen Barbosa, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As atividades de transição (ou de passagem) são válidas não só para organizar o tempo como também para as crianças aprenderem a esperar e respeitar o ritmo dos outros. Ambas as habilidades devem ser construídas aos poucos, tendo sempre você como mediador. Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a turma já está habituada a elas.
"Com a opção de uma atividade paralela, ninguém tem de abandonar a tarefa incompleta só porque alguns colegas já a concluíram", diz Maévi Nono, professora da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Confira o que e quando propor, quais os encaminhamentos, o que observar e o que evitar.
Pedir que as crianças esperem os colegas terminar o que estão fazendo não é uma opção (embora muitas sejam submetidas a isso na Educação Infantil). "Se não têm o que fazer, elas ficam entediadas e atrapalham os demais. A situação foge do controle", explica Maria Carmen Barbosa, docente da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
As atividades de transição (ou de passagem) são válidas não só para organizar o tempo como também para as crianças aprenderem a esperar e respeitar o ritmo dos outros. Ambas as habilidades devem ser construídas aos poucos, tendo sempre você como mediador. Na EMEB Olavo Bilac, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a turma já está habituada a elas.
"Com a opção de uma atividade paralela, ninguém tem de abandonar a tarefa incompleta só porque alguns colegas já a concluíram", diz Maévi Nono, professora da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp). Confira o que e quando propor, quais os encaminhamentos, o que observar e o que evitar.
OPÇÕES ESCOLHIDAS COM INTENCIONALIDADE Brinquedos e
massinha são boas ideias para as atividades de passagem desde que o educador
tenha objetivos claros ao ofertá-los aos pequenos. Vale observar as escolhas
deles, se preferem brincar sozinhos ou em grupo e como manipulam as peças.
O que propor
Se a sala tem espaços diferenciados, como o canto dos
brinquedos e o da biblioteca, vale liberar os pequenos para se divertir neles.
Disponibilize também quebra-cabeças, livros, gibis, fantoches, massinha, papel
e lápis de cor para desenhar e jogos de montar, entre outros. Na EMEB Olavo
Bilac, a educadora Márcia Regina Marques guarda esses materiais em caixas que
ficam ao alcance de todos da pré-escola. "Dependendo do número de
crianças, organizo um ou dois grupos, não mais do que isso, e distribuo algumas
opções", ela explica.
Quando propor
Quando propor
Esse tipo de atividade deve ser apresentada não só como uma
alternativa enquanto a turma aguarda um novo desafio. Existem outros momentos
que requerem propostas paralelas: os imprevistos (uma criança se machuca e
precisa de cuidados) e as tarefas individuais (como escovar os dentes).
Encaminhamentos
Encaminhamentos
Quando a maioria dos pequenos acabar a tarefa, diga
que eles podem brincar um pouco enquanto esperam os demais, mas sem atrapalhá-los.
Indique o material que pode ser usado e o distribua ou libere o grupo para
pegá-lo. Explique que, quando a atividade principal for terminada por todos, a
rotina deverá ser retomada. "É uma oportunidade para as crianças
construírem a noção de que formam um grupo que trabalha junto a maior parte do
tempo", diz Maria do Rosário de Souza, da EPG Olavo Bilac, em Guarulhos,
na Grande São Paulo.
O que observar
O que observar
Mesmo acompanhando mais de perto os que ainda estão
realizando a atividade principal, não deixe de prestar atenção nas crianças que
estão lendo ou brincando. Maria Carmen explica que o momento de transição é
muito importante para analisar quais os interesses dos pequenos, como eles
interagem uns com os outros e se têm mais autonomia.
O que evitar
O que evitar
É desaconselhável oferecer várias opções para não
dividir a criançada e apresentar livros ou jogos desconhecidos. "A turma
não pode depender 100% do educador para brincar, já que ele deve estar mais
direcionado a quem ainda não terminou a atividade principal", diz Daniela
Munerato, orientadora educacional da Educação Infantil na Escola da Vila, em
São Paulo.
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